Fitoterapia e Alimentação – Parte 1

fitoterapia

Quando falamos em fitoterapia pensamos em chás, tissanas ou tinturas e não pensamos de forma global. Podemos dividir em terapia alimentar e terapia medicamentosa.
Porque digo isso? Apenas estou seguindo o aforismo de Hipocrates (considerado o pai da medicina) que diz: faça do teu alimento teu medicamento. Isso foi dito cerca de 500 anos antes da era cristã e pode ser considerado valido até hoje. Fora as carnes, ovos, leite e derivados, todos os outros alimentos são de origem vegetal, desde o açúcar e farinhas até o vinho e a cerveja.
Para que possamos entender melhor o que se pode fazer com os alimentos, temos que lembrar que muitas pessoas nascem com “defeito de fabricação”, tais como: intolerância à lactose, fenilcetonúria, síndrome celíaca,  etc., e como não temos “recall” nem podemos devolver para a  “fábrica” temos que aprender a conviver com o equipamento defeituoso. Para ajudar, nas linhas seguintes quando um produto normalmente saudável apresentar problemas para um ou outro “defeito de fabricação”, farei  um alerta e/ou uma possível solução.
No Brasil o prato de resistência é o arroz com feijão. Vamos começar pelo arroz que normalmente comemos “polido” e com isso perdemos grande parte do valor nutritivo dessa gramínea.  Após a idade média os mais ricos (financeiramente) passaram a mostrar sua “superioridade” sobre a plebe usando cereais e outros produtos “beneficiados”. Disso resultou que vários tipos de “doenças” surgiam entre as classes abastadas e não ocorriam entre os camponeses, pois estes últimos comiam os produtos integrais. Porém, essa conotação de ser um alimento melhor para pessoas de alta classe, influenciou os hábitos alimentares dos europeus que por sua vez influenciaram as regiões do mundo que colonizaram.
Infelizmente o arroz integral ressurgiu como modismo o que encareceu o produto, pois por não passar por todas as etapas do “beneficiamento” deveria ser mais barato.  A película do arroz, contém várias vitaminas do complexo B especialmente B1 e B2, por outro lado as fibras ajudam a estimular o peristaltismo intestinal, reduzindo o risco de diverticulose (saquinhos que se formam nos intestinos)e auxiliando a evacuação. Disso tudo podemos concluir que:  o ideal é usar o arroz integral.
Passemos ao feijão: o mesmo é uma leguminosa rica em proteínas, sendo alguns tipos (a soja por exemplo)a tal nível que são utilizados para substituir a carne em alguns regimes, todavia, a soja é pobre em um aminoácido chamado metionina, e como o corpo nivela o uso por baixo, temos uma menor absorção, mas basta adicionar a uma porção de soja em uma colher de sopa rasa de gergelim (rico em metionina) e a absorção poderá até superar a de um peso igual de carne. É, portanto, um alimento nutritivo, porem, por ser rico em proteínas deve ser ingerido com parcimônia por pessoas com gota e ácido úrico, elevados. O ideal é que pessoas com esses problemas procurem um nefrologista e um nutricionista para verificar o estado dos rins e como adequar sua dieta a essa condição. Quando falamos em feijão estamos englobando todos, pois, embora o teor de proteínas varie de um para outro, todos tem bastante para provocar problemas aos portadores dessa deficiência. No caso de broto de feijão (moyashi) o problema não existe. Esse broto, assim como broto de alfafa são alimentos de alto valor nutritivo e que se saiba não possuem nenhuma contraindicação.
O feijão é rico em ferro, porem normalmente o corpo absorve somente cerca de 10%, mas, se usarmos uma fruta cítrica ou ácida ( por ex: laranja, abacaxi, limão) como sobremesa ou acompanhamento essa absorção pode ser aumentada significativamente.
O feijão soja é bom para todos, entretanto, muito mais para as mulheres em função de seus fito esteróis, que minimizam muito os efeitos da menopausa, especialmente os “fogachos”. Todos já devem ter reparado que os homens suam mais e são mais calorentos que as mulheres; isso se deve ao hormônio masculino, testosterona. As mulheres também produzem testosterona, porem em doses pequenas (é esse o hormônio responsável pela libido nas mulheres)  e nessa condição passa despercebido.

Palazzo do Diet Light – Melhor comprar de quem sabe o que fala!

 
Bibliografia: Dietologia pratica de Pasqule Montenero e Camilo Bonessa  FERRO EDIZIONI.
                      Tabela Quimica dos Alimentos de Guilherme Franco  ATHENEU EDITORA
                      A Chave da Longevidade de Helion Povoa  EDITORA OBJETIVA
                      Vivência própria do articulista ovo lacto vegetariano há 55 anos –  Pedro Tomelleri
 

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