Injeção de insulina

Quando o indivíduo é diagnosticado com Diabetes Mellitus (DM) tipo 1 e toma conhecimento de que precisará receber injeções de insulina durante toda a vida é preciso saber que esta questão envolve cuidados, pois a DM ocorre quando as células do pâncreas produtoras de insulina, deixa de produzí-la ou produz insulina em pequena quantidade.
O diabético tipo 1 precisa ter acompanhamento de um médico para avaliar as doses, quantidades e tipos de insulina adequados ao seu caso, e avaliar a hemoglobina glicada periodicamente para conferir se houve picos glicêmicos relevantes. Juntamente com acompanhamento do Nutricionista para auxiliar na orientação alimentar e cálculo das doses de insulina, seria muito importante para pessoas leigas e idosos, no início do tratamento principalmente.

Aplicação da injeção de insulina

 
A injeção de insulina, como qualquer injeção, envolve cuidados.
Primeiramente, independente se for utilizar seringas descartáveis ou aplicadores automáticos, ambos devem ser mantidos em locais limpos e secos, para transporte utilize um nécessaire própria. A insulina deve ser mantida em geladeira e se precisar transportar, adquirir uma bolsa térmica pequena ou caixinha de isopor, com gelo reutilizável é muito importante.
Outro aspecto importante é a higiene e assepsia. Lave bem as mãos antes de preparar as injeções e as prepare em local limpo e seco. Jamais aplique suas injeções em banheiros, pois existem muitos contaminantes e patogênicos dispersos no ar. Hoje sabe-se que não é mais tão necessário passar álcool antes das injeções, mas não custa nada levar um álcool gel 70% em sua bolsa. Se o ambiente não for propício, passe o álcool com algodão e aguarde secar, antes da aplicação.
Ao coletar insulina no frasco-ampola, proceda da seguinte forma: cada vez insira a agulha num ponto da borracha formando um círculo, como num tambor de revolver, para evitar que a borracha se dilacere num único ponto e seja inspirado na agulha micropartículas de borracha.
Quando passar a aplicar a injeção de insulina, é importante ter em mente que não se deve reutilizar agulhas e seringas. Usou uma agulha do aplicador ou seringa? Armazene em frascos de vidro ou plástico vazios (pode reutilizar para este fim embalagens de produtos de alimentícios ou limpeza) e quando cheios leve até uma Unidade Básica de Saúde. O descarte correto respeita a natureza e evita transmissão de doenças.
 

Rotatividade dos pontos aplicação

 
Outro aspecto importante é a rotatividade do ponto de aplicação. Isso se deve ao fato de que se aplicar a injeção sempre no mesmo local o corpo tende a responder formando queloides (formação de fibras de colágeno – tipo de cicatrizes internas), deixando o local resistente ás agulhas e a absorção da insulina. Há também a formação de adiposidade local, denominada lipo-hipertrofia. Por isso, faça a rotatividade com a seguinte sugestão: aplique nas coxas, barriga, braços, costas (peça auxílio para aplicação neste ponto, sempre que tiver oportunidade), em círculos imaginários no diâmetro de suas mãos, da seguinte forma: imagine um círculo em sua coxa direita por exemplo, aplique as injeções formando e fechando um círculo; passe para outra coxa ou braço, assim sucessivamente, para aumentar o tempo para reaplicar no mesmo local e o corpo poder reestruturar aqueles pontos. É importante também respeitar o mínimo espaço de dois dedos entre uma aplicação e a próxima.
Os diferentes pontos de aplicação de insulina têm diferentes velocidades de absorção, alguns com absorção mais rápida, como no caso do abdome devido normalmente ter mais adiposidade (gordura local) do que em locais com maior musculatura, como nádegas masculinas, por exemplo. Mas o importante mesmo é tomar a insulina certa na quantidade correta, conforme instruções de seu médico ou nutricionista e analisar a glicemia através dos aparelhos de medição, além de se manter atento (a) aos sinais e sintomas de hiper ou hipoglicemia, temas que serão abordados em nossos próximos artigos.

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